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Nico: musico. compositor. cantor. ator.

Nelson Nicolaiewsky, conhecido pelo seu nome artístico Nico Nicolaiewsky, é neto de imigrantes judeus vindos da Bessarabia, ele nasceu na cidade de Porto Alegre, RS, no dia 9 de junho de 1957. Começou a estudar piano aos 7 anos de idade com Amalia Malinski e posteriormente com Dirce Knijinik. Aos 13 anos, foi aprovado em um teste no Instituto de Belas Artes da UFRGS. Com 19 anos participou de um grupo de dança contemporânea e apresenta o espetáculo "Um Berro Gaúcho". Estudou piano clássico até seus 18 anos, quando resolveu seguir os caminhos da musica popular e, em 1978, montou o grupo Musical Saracura que tinha por objetivo misturar elementos do folclore gaúcho com a tendência do pop internacional. Em 1982 lança um disco independente com composições autorais do próprio grupo.

Em 1984 Nico cria em conjunto de Hique Gomez uma comédia musical com tom satírico e nonsense onde ele assume o papel do Maestro Pletskaya, o que marcou sua carreira e o torna um fenômeno de público, trazendo a ele reconhecimento nacional.

De 1987 à 1998 Nico viveu no Rio de Janeiro onde paralelamente às apresentações com o Tangos e Tragédias fez música para teatro com o “Centro de Demolição e Reconstrução do Espetáculo” dirigido pelo Aderbal Freire Filho ecom Domingos de Oliveira. No Rio também conheceu Koellreuter com quem estudou contraponto durante um ano e posteriormente estuda harmonia com o mesmo.

Em 1995 Nico lança seu primeiro disco solo "Nico Nicolaiewsky que é indicado para o prêmio Sharp na categoria revelação.

Em 1999 voltou à morar em Porto Alegre aonde segue fazendo música para teatro “A vida muda”, “Ta na hora do recreio”,”Encontros”, “A tecelã”, “O mundo de Camila”, circo “Circo Teatro Girassol”, dança “Relações”- Ânima Companhia de Dança,  cinema “A invenção da infância”-documentário de média metragem da Liliana Sulzbach, “Branco”- curta metragem de Liliana Sulzbach e Ângela Pires, e participa como ator do curta metragem “O pulso” de José Pedro Goulart e do longa “Cartas de um domador” de Tabajara Ruas.

Em 2003 participa com o "Tangos e Tragédias" do festival de teatro de San Sebastian na Espanha e no festival de Almada em Portugal aonde são escolhidos o melhor espetáculo e convidados a retornar no próximo ano como espetáculo de honra para abrir o festival de Almada. Ainda em 2003 é contemplado no edital do Fumproarte e grava uma ópera cômica "As Sete Caras da Verdade" com texto e música de sua autoria.

Nos anos de 2004 e 2005 segue trabalhando com trilhas e viajando com o espetáculo "Tangos e Tragédias" até que em 2007 lança o DVD da peça.

2008 foi quando Nico lança seu terceiro disco de estúdio "Onde Está o Amor" com um caráter mais pop.

Em 2010 dirigiu e atuou na montagem da sua ópera "As Sete Caras da Verdade" no Festival de Teatro de Porto Alegre Emcena.

No ano de 2012 montou o espetáculo "Música de Camelô", onde cantava sozinho ao piano, canções "super populares" segundo suas próprias palavras. O repertório incluía músicas desde "Ai Se Eu Te Pego", de Michel Teló e "Tô Nem Aí", da cantora Luka, que eram executadas com arranjos surpreendentes, bastante diferentes dos originais. Em entrevista ao site Filtro Cultural, Nico comentou o espetáculo: “Preconceitos existem e é delicioso ver alguém se espantar no meio de uma canção ao se dar conta de que está gostando de uma música que julgava odiar”.

Às vésperas de comemorar 30 anos do espetáculo "Tangos e Tragédias", Nico recebeu o diagnóstico de LMA (Leucemia Mieloide Aguda) e foi internado às pressas, no dia 23 de janeiro, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alagre. O tratamento, no entanto, não foi suficiente para retardar o avanço da doença e ele faleceu na madrugada do dia 7 de fevereiro de 2014, aos 56 anos.

Seu velório foi realizado no Teatro São Pedro, lugar simbólico na vida do músico. Desde 1987, o musical "Tangos e Tragédias" era apresentado todo verão no local, com ingressos sempre esgotados.